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quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Neurologia pediátrica

   A Fisioterapia em Neuropediatria tem como objeto de trabalho todas as alterações neurológicas congênitas ou adquiridas que possa interferir em um Sistema Nervoso Central ou Periférico em desenvolvimento. E, para isto, todo o seu estudo se baseia no desenvolvimento neuropsicomotor normal da criança.

   Sendo assim, não é somente os indivíduos que tem uma patologia diagnosticada que se beneficiam, mas sim, todas as crianças e mesmo os pais, que necessitem de auxilio para otimizar seu desenvolvimento da criança. O que devemos ressaltar é que este desenvolvimento, apesar de ter seus marcos definidos, pode variar a forma de criança para criança.
   Diversos problemas que atingem recém-nascidos, crianças e adolescentes exigem a atenção de um neuropediatra.
   O atendimento em neuropediatria basaeia-se em:

-Estimulação precoce: Cabe ressaltar que a estimulação precoce pode ser necessária para todas as crianças, inclusive aquelas que não tiveram nenhuma afecção neurológica, por exemplo, os prematuros. É preciso compreender e saber que suas atividades motoras concorrem para o desenvolvimento do cérebro e são indispensáveis à organização do sistema nervoso. A a ausência de estímulos acarreta a perda definitiva de funções inatas.
-Psicomotricidade: enfoca a relação da motricidade com as funções psicológicas, educando o movimento ao mesmo tempo em que põe em jogo funções intelectivas. As primeiras evidências de um desenvolvimento mental normal não são mais que manifestações motoras. A função motora, o desenvolvimento intelectual e o desenvolvimento afetivo estão intimamente ligados na criança: a psicomotricidade quer justamente destacar a relação existente entre a motricidade, a mente e a afetividade e facilitar a abordagem global da criança por meio de uma técnica.

   As abordagens são sobre a lateralidade, o esquema corporal, a estruturação espacial e a orientação temporal, a linguagem, as dificuldades escolares, faz também com que se tome consciência das relações existentes entre o gesto e a afetividade.
São tratadas na neuropediatria:

- Paralisia Cerebral
- Atraso psicomotor
- Má formação congênita osteomuscular
- Doenças neuromuscuares
- Distúrbios mentais e psicológicos
- Anomalias genéticas e cromossômicas
- Má formação congênita do SNC
entre outras...


Veja mais em:
   http://www.bozelli.com.br/subpages/fisioterapia.htm

 http://www.neuropediatria.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=88:atuacao-do-fisioterapeuta-no-contexto-hospitalar&catid=50:outros-temas&Itemid=109

Doença de Parkinson

  Doença de Parkinson é uma doença neurológica, que afeta os movimentos do individuo. Causa tremores, lentidão de movimentos, rigidez muscular, desequilíbrio, e alterações na fala e na escrita. Não é uma doença fatal, nem contagiosa, não afeta a memória ou a capacidade intelectual do parkinsoniano.

  Por esta ser uma patologia degenerativa e progressiva, o tratamento fisioterapêutico adequado é de suma importância para minimizar e retardar a evolução da patologia, proporcionando a este paciente uma maior qualidade de vida e funcionabilidade.


Etiologia

  A causa da Doença de Parkinson é desconhecida, mas existem alguns tipos de parkinsonismo. Esses são o mais comuns, que serão citados devido a sua classificação(O´Sullivan -1993), como:
a) Parkinsonismo idiopático: este grupo inclui a Doença de Parkinson verdadeira, ou paralisia agitante, sendo a forma mais freqüente entre as pessoas de meia-idade ou idosas;
b) Parkinsonismo pós-infeccioso (parkinsonismo pós-encefálico): este tipo de parkinsonismo , segundo se teoriza, é causado por encefalite viral, sendo atualmente pouco freqüente;
c) Parkinsonismo tóxico: sintomas parkinsonianos ocorrem em indivíduos expostos a alguns venenos industriais, agentes químicos, e algumas drogas;
d) Parkinsonismo arteriosclerótico (parkinsonismo vascular): o envolvimento arteriosclerótico e o infarto do tronco cerebral envolvendo a substância negra, os tratos nigroestriais, ou gânglios de base, também podem gerar sintomas de parkinsonismo;
e) Parkinsonismo atípico: este representa um grupo de várias patologias, onde é muito comum haver uma síndrome parkinsoniana associada a outras anormalidades neurológicas.


Sinais Clínicos

  Os sinais clínicos da Doença de Parkinson são constituídos, principalmente, pela tríade: tremor, rigidez e bradicinesia. Os sinais e sintomas da Doença de Parkinson são de início insidioso e assimétrico, podendo qualquer um de suas manifestações aparecer isoladamente ou em associação, podendo variar de paciente para paciente. Os sintomas mais comuns são:


-Tremor: É definido como surtos involuntários rítmicos, alternados de movimento de grupos musculares antagonistas, ocorrendo na base de cerca de 4 a 7 oscilações por segundo (O’ Sullivan e Schmitz, 1993).


-Rigidez: É outra anormalidade motora quase sempre presente na síndrome parkinsoniana. Trata-se de uma forma de hipertonia denominada plástica, em que a resistência à movimentação passiva é uniforme ao longo de toda a excursão do segmento mobilizado (roda denteada) e em todas as direções (Bacheschi, 1991).

-Fenômeno de parada (ou de congelamento): É uma incapacidade transitória na execução de movimentos ativos. Ele afeta mais comumente as pernas ao andar, mas também pode envolver a abertura das pálpebras. A parada ocorre subitamente e é transitória, durando no máximo alguns segundos de cada vez. Os pés parecem “grudados no solo” e então, subitamente, “se desprendem”, possibilitando que o paciente caminhe novamente (Rowland, 1997).O congelamento costuma ocorrer quando o paciente começa a andar, tentar voltar quando está caminhando ou quando teme não ser capaz de lidar com barreiras como portas giratórias, corredores estreitos ou ruas com tráfego pesado. A combinação de congelamento e perda dos reflexos posturais pode resultar em quedas, que são responsáveis por alta incidência de fraturas de quadril em pacientes com DP (DeLisa, 2002).

-Fadiga: Em pacientes com parkinsonismo completamente desenvolvido, a fadiga é um dos sintomas mais comumente relatados. Atos motores repetitivos podem ter um começo vigoroso, mas perdem a força à medida que progride a atividade. O desempenho diminui dramaticamente após um grande esforço físico ou tensão mental. O repouso ou sono pode restaurar a mobilidade (O’ Sullivan e Schmitz, 1993).

-Fala: A rigidez e a bradicinesia dos músculos respiratórios, cordas vocais, músculos faríngeos, língua e lábios resultam na fala lenta e monótona de baixo volume.


-Postura: A anormalidade postural é comum. Na posição ortostática, há uma ligeira flexão em todas as articulações, com os joelhos e quadris um pouco flexionados, os ombros arqueados e a cabeça para frente (Stokes, 2000).


-Marcha: O padrão de marcha do paciente é altamente esteriotipado, e caracterizado por um empobrecimento dos movimentos. Nos membros inferiores, os movimentos de quadris, joelhos e tornozelos estão reduzidos, com uma falta generalizada de extensão em todas as três articulações. Os movimentos de tronco e pélvis também estão reduzidos, resultando numa diminuição do comprimento dos passos e oscilação recíproca dos braços (O’ Sullivan e Schmitz, 1993).

-Dor: Embora os pacientes com DP não sofram de deficiências sensitivas primárias, muitos vivenciam desconforto ou dor semelhantes a cãibras, que são mal localizadas. Estas sensações podem resultar da falta de movimentos, espasmos musculares sustentados, posturas inadequadas ou tensão ligamentar (O’ Sullivan e Schmitz, 1993).


-Intelecto: Geralmente preservado nos estágios iniciais, é observada deterioração á medida que a doença progride, incluindo lentidão nos processos de raciocínio (bradifrenia), perda de memória e alterações de personalidade (por exemplo: passividade, dependência, indecisão). Demência e depressão afetam mais de dois terços dos pacientes (DeLisa, 2002).



Tratamento Fisioterapêutico

A fisioterapia nesses pacientes promove o exercício, mantém ativos os músculos e preserva a mobilidade. Esta abordagem é particularmente benéfica quando o parkinsonismo avança, porque muitos pacientes tendem a permanecer sentados e inativos (Rowland, 1997).
  O tratamento consiste em treinamento das atividades mais difíceis de serem excutadas por cada pessoa, também é trabalhado a manutenção ou melhora das condições musculares, através de exercícios de alongamento e fortalecimentos globais, além de exercícios posturais e de equilíbrio, todos eles associados a movimentos respiratórios, oferecendo ao paciente condições ideais ou próximas disso, para que possa realizar atividades mais facilmente. Em relação aos objetivos fisioterapêuticos, de maneira geral, é importante manter ou melhorar a amplitude de movimento em todas as articulações; retardar o surgimento de contraturas e deformidades; retardar a atrofia por desuso e a fraqueza muscular; promover e incrementar o funcionamento motor e a mobilidade; incrementar o padrão da marcha; melhorar as condições respiratórias, a expansibilidade pulmonar e a mobilidade torácica; manter ou aumentar a independência funcional nas atividades de vida diária; melhorar a auto-estima (Thomson; Skinner; Piercy, 2000).
Conforme O’ Sullivan e Schmitz, 1993, as metas a longo prazo de um programa de fisioterapia são as seguintes:
- Retardar ou minimizar a progressão e efeitos dos sintomas da doença
- Impedir o desenvolvimento de complicações e deformidades secundárias;- Manter ao máximo as capacidades funcionais do paciente.
O rei do Box mundial Mohamed Ali teve a doença diagnosticada em 1980.
Veja mais sobre o tema em:
http://associaobrasilparkinson.blogspot.com/

Veja o Vídeo:

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Palavra do Profissional - Entrevista com Profª Drª Suhaila Smaili



1-      No que se baseia o tratamento em Neurologia? Há algo de novo?
      A base de qualquer tratamento em neurologia é a cinesioterapia associada com a capacidade científica do profissional. As técnicas mais eficientes são as já utilizadas, pois estas são de grande eficácia para recuperação do paciente. Atualmente as pesquisas estão muito voltadas para a efetividade dos métodos conhecidos.

2-      Qual a parte mais difícil em um tratamento?
A Complexidade do próprio sistema nervoso e sua recuperação lenta. Tudo depende do grau da lesão, do tempo, da região acometida, de diversos fatores que tornam a recuperação mais lenta e complexa.

3-      Porque é tão importante que o tratamento seja especializado?
Mais que qualquer outro paciente, esse é o único que não tem segunda chance, uma vez que a recuperação for de forma inadequada não terá mais como “apagar” e reensinar. Um paciente de ave por ex. é como se estivesse com o encéfalo em “branco”, se o programa de recuperação for inadequado, pode trazer graves seqüelas, como a limitação do paciente em atividades normais do dia-a-dia.

4-      Qual o perfil que o profissional precisa ter para esse tipo de tratamento?
Um grande basamento cientifico, uma boa técnica de manuseio, ser muito tolerante e paciente, ser criativo, atualizado e muito humano, pois esta tratando uma pessoa que teve uma grande mudança em sua vida.
Obrigada Profª Suhaila !

Prof. Dr. Suhaila Smaili

Uso da dança na reabilitação neurofuncional

    A música vem sendo muito usada em casos neurofuncionais, devido aos grandes benefícios trazidos por ela. Seu uso pode ser feito independente da idade do paciente.
    Lesões no encéfalo causam diversos distúrbios motores, associados ou não com transtornos psíquicos, sensoriais ou de linguagem.
    A fisioterapia aliada a outras profissões ajuda a melhorar a dependência pessoal, a imobilidade, a locomoção, comunicação e a cognição.
    Todo tratamento deve começar o mais precoce possível, de acordo com as características pessoais de cada um, assim como a freqüência e intensidade do mesmo.
    O objetivo da dança como recurso de tratamento é dar mais qualidade de vida, melhorando movimento e, função e controle postural. A dança além do aspecto motor, auxilia no sensorial e emocional, pois essas também são áreas afetadas. Por isso é sempre muito importante que aconteça a estimulação.
   A terapia com dança baseia-se em princípios de que o uso do movimento expressivo, altera comportamentos, atitudes e estados físicos, por isso ela é usada para expressar emoções e futuras aquisições motoras. É aplicada em diversas patologias, a fim de exteriorizar habilidades funcionais e emocionais, possibilitando o autoconhecimento do corpo e construção de consciência para ultrapassar os próprios limites.
    A dança ajuda no equilíbrio postural, direção, fortalecimento, alongamento e no movimento propriamente dito.
   Acompanhado de um profissional não há contra indicações para o uso da musica!

Vídeo de uma paciente com paralisia cerebral, fazendo uso da dança como um dos recursos de tratamento:

 

veja mais em :

Dança como recurso motivacional na reabilitação neuro-motora da síndrome de Gillespie. publicado 23/02/2010 por Luciana Tenreira Beites-de Oliveira em http://www.webartigos.com
Fonte: http://www.webartigos.com/articles/33125/1/Danca-como-recurso-motivacional-na-reabilitacao-neuro-motora-da-sindrome-de-Gillespie-/pagina1.html#ixzz14JloIDJJ





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Somos alunas de Fisioterapia da Universidade Filadélfia de Londrina (UniFil) e criamos este blog com o intuito de informá-los um pouquinho sobre a Fisioterapia Neurofuncional.